segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bailarina profissional?ser ou não ser?

Como tudo na vida tem uma razão de ser;a minha de escrever este post veio depois de ler este artigo: http://casadabrima.wordpress.com/2011/04/10/ser-professora-de-danca-do-ventre-por-rosane-sampaio/, que eu aconselho a muitos a lerem com carinho.
Mas voltando ao assunto: para ser bailarina é necessário ser profissional? É nescessário fazer shows? É necessário ser conhecida? O que é preciso para ser uma bailarina profissional? E quando parar de estudar dança do ventre?A resposta para esta última pergunta já digo de imediato:NUNCA.
Raqia Hassan, grande mestra egípcia, disse certa vez em uma entrevista concedida à Lulu Sabongi,que “Uma grande bailarina nunca pára de estudar. Quando parar, ela já estará morta como bailarina.”
No meu ponto de vista, temos que dividir em duas partes: Bailarinas profissionais e amadoras. Bailarina profissional é quem dança por profissão, que vive disso. Ela estudou, se formou e trabalha com dança. Leva a dança a sério. Independente de ser conhecida ou não, Ela vive da dança ou dando aula, ou fazendo shows....
Não é só na dança do ventre que isso se aplica, em toda profissão deve existir reciclagem, atualização do profissional, para que ele continue competitivo e, principalmente, competente.
Pense nos médicos, quem gostaria de se consultar com um senhorzinho do tempo dos seus avós que nunca mais pegou um livro, freqüentou uma palestra ou seminário sobre sua especialidade? Certamente ele teria a vivência e a experiência de anos de prática de sua atividade, conhecendo e diagnosticando muito bem por conhecer. melhor do que um jovem residente, os sintomas de uma doença, mas será que a terapia que ele aplicaria seria a mais adequada? Será que não existiriam opções mais eficazes para solução do seu problema que talvez ele, pela falta de interesse, tenha deixado de conhecer?
Quando ouvimos pessoas como Raqia, ou mesmo Lulu, dizer que o estudo é eterno e que elas estão sempre aprendendo e buscando mais, sentimos até um certo desânimo, afinal quando é que poderemos dizer que somos ‘formadas’ em dança do ventre?

Se você fez um curso, que oferece uma formação técnica e prática, como uma universidade, então você até poderia se considerar formada. Veja bem ‘se considerar formada’ não de fato estar, porque na prática não existe faculdade de dança do ventre reconhecida por órgão nenhum que regulamente esse tipo de coisa.
E, ainda assim, você não poderá se dar ao luxo de parar de estudar, porque afinal de contas o exemplo que acabei de citar do médico trata de busca de conhecimento pós-formado.
Não entenda-se por estudo apenas permanecer em uma sala de aula, freqüentando um curso regular semanal, na verdade é muito mais do que isso.
Toda bailarina chega em uma fase onde ficar dentro de uma sala de aula semanalmente enche o saco, parece que de duas horas de aula você consegue aproveitar cinco minutos, o que não é em absoluto uma verdade.
Mas podemos entender ‘estudar para sempre’ como um incentivo para a busca de vídeos, aulas particulares, talvez vez ou outra regulares para dar uma quebrada na monotonia, workshops e aulões especiais.Ser profissional de dança do ventre é ter uma paixão de longa duração que não se trata apenas de dançar, mas de compreender todos os  seus elementos, como música e cultura. Toda bailarina profissional deve apreciar e conhecer a música do árabe só assim poderá entender o ritmo necessário para o desempenho da dança.

Além disso, para se dizer uma bailarina profissional ela deve estudar o contexto histórico da dança, assim dominará os diferentes estilos. Deve também dedicar-se as técnicas da dança do ventre, deve  dedicar um  tempo para o estudo e criação de figurinos para cada performance,deve corrigir equívocos sobre a dança, explicando ao leigo sua origem  e seu contexto histórico,deve aceitar que para ser profissinal ela precisará de dedicação à arte.
Para aquelas interessadas em se tornar uma bailarina do ventre profissional, é aconselhável procurar estúdios que tenham cursos profissionalizantes.  
Assistir o show de outras bailarinas é também um grande aprendizado, independente do nível técnico que esta bailarina se encontra, sempre temos algo para trazer para nossa dança, mesmo que filosoficamente.

Quando além de bailarinas ainda nos aventuramos pelos caminhos do ensino, o desafio é ainda maior, e a responsabilidade proporcionalmente aumenta.
É inconcebível uma professora que acha que sabe o suficiente, que simplesmente pára seus estudos ou os resume a pequenos esforços. Certamente suas alunas não conseguiram beber em sua fonte por muito tempo!Vale a pena se interar do assunto, pesquisar também ajuda muito e buscar opinião de quem já esta na área e é QUALIFICADO PARA O ASSUNTO.Dica:  http://wooz.org.br/
 “A professora é como um copo de água transparente: todos podem ver o que há dentro do copo. Se ela dispõe de toda a água e não busca mais, seu copo parecerá vazio e de fato estará.”
Estude sempre mais, mais e mais, se contentar com pouco é o primeiro passo para a mediocridade. Claro que apenas se dizer bailarina profissional não resolve nada se não buscar PREPARAÇÃO.Afinal estara exercendo uma profissão,e para tal deve se qualificar como qualquer outra profissão existente....Estudar,estudar e estudar.Somente depois disso é que vem a busca pelo registro profissional (SATED).Estudar dança é tão preciso para quem quer ser profissional que já esxite curso superior em dança,não é voltado específicamente para a dança do ventre mas abrange estudos de diversas danças.
"Quem dança nas horas vagas e tem outras prioridades, não pode ser considerada bailarina profissional, é amadora... Assim como aquele cara que tira fotos incríveis, com muita técnica mas na verdade é piloto de avião, a fotografia para ele é um hobbie, só acontece nos tempos livres, por mais esmero que ele tenha.E uma coisa é certa:Estudar e praticar muito"  Luana Mello ( http://dancasexoticas.blogspot.com/ )
Para aquelas que além de bailarina profissional querem também ensinar, eu compartilho este lindo texto da baialrina Feranda Guerreiro.Leiam e reflitam e independente de profissionais ou amadoras: tenham amor pela arte, sabedoria para exclarecer os leigos e acima de tudo HUMILDADE.

" O que precisamos para ENSINAR?
- Ensinar exige pesquisa
- Ensinar exige respeito aos limites individuais de cada aluno
- Ensinar exige ética
- Ensinar exige reflexão
- Ensinar exige humildade, tolerância e paciência para enfrentar as dificuldades do dia a dia
- Ensinar exige a convicção de que mudar é possível
- Ensinar exige curiosidade
- Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade
- Ensinar exige comprometimento
- Ensinar exige liberdade e ao mesmo tempo autoridade
- Ensinar exige tomar decisões conscientes
- Ensinar exige saber escutar
- Ensinar é doar e receber
Nós, professoras de Danças Árabes devemos desenvolver um trabalho criterioso e acreditar nele desde o início. A crença no que estamos fazendo nos manterá no caminho do aprendizado e a autocrítica nos impulsionará para o crescimento constante. Nunca devemos acreditar que já chegamos lá, a dança é uma arte em evolução e nunca pára. Devemos estudar sempre e buscar aprimoramento… Ensinar é aprender constantemente." Fernanda Guerreiro

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Compartilhando...

Eu sempre não podeia deixar de compartilhar com vocês um texto que li no blog da Rhazi, que eu sempre visito e sou fã:


(Texto na Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias..
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Diva do mês

Cá estamos nós novamente, para homenagear bailarinas e bailarinos (sim também) da dança árabe que se destacam pelos palcos da dança.Escolher quem será homenageada é muito prazeroso para nós, mas não é fácil.A dança árabe é infinita em vários aspectos, suas divulgadoras e divulgadores são muitos, selecionamos,pesquisamos e postamos aqui com muito carinho.Este ano destacaremos também bailarinas internacionais.
Para começar, nossa Diva deste mês é nada mais nada menos que ela:                                                       Saida Helou

 

Dizer que esta bailarina de  de postura e presença de palco impecáveis  é encantadora, é pouco.Por ter uma  influênica forte do ballet,Saida abusa de movimentos impactantes e alongados,prendendo a atenção do públco em sua dança .Eu compartilho com vocês o primeiro vídeo que assisti desta bailarina, e quando acabei de vê-lo fiquei pensando: "quem é esta bailarina,nóóssa..."

                                                                            

O que mais podemos saber desta bailarina :

A dançarina argentina Saida tem mais do que a dança do ventre como forma de contato com a cultura árabe: filha de imigrantes sírios, seu verdadeiro nome é Verónica Helou, já possuindo uma carreira de 18 anos na dança do ventre.

Bailarina clássica desde 1983, ingressou na dança do ventre em 1991 com o mestre Amir Thaleb (diretor da Arabian Dance Company), estudando folclore árabe e a dança árabe performática. Por dez anos, Saida foi a primeira bailarina desta companhia, e em 1994, ela fundou sua primeira escola de dança do ventre, atualmente com mais de 700 alunas.

                                                           
No ano 2000, Saida passou a divulgar seu trabalho internacionalmente: primeiramente, se apresentou com a companhia de Amir Thaleb em Miami, ao lado do grupo Middle Eastern Dance Exchange de Tamalyn Dalal. Após este show, começou a realizar workshops com o músico Mario Kirlis por vários países, inclusive no Brasil, nos anos de 2003, 2005 e 2006 através do Festival Luxor.

                                                                                 

             

Em 2002, Saida criou o grupo Rakkasah, com o qual realiza apresentações periódicas na Argentina, já tendo se apresentado também no Peru e na Colômbia. E em 2004, passou a integrar o grupo Bellydance Superstars do produtor Miles Copeland, gravando no ano seguinte o DVD "Solos From Monte Carlo" com a música "New Baladi" de Mario Kirlis e a música "El Baston" (presentes no CD Bellydance Superstars 3). Também em 2005, gravou seu primeiro DVD instrucional com o maestro Mario Kirlis.
Saida é uma dançarina reconhecidíssima na Argentina, a única que organizou por lá um seminário internacional de dança do ventre (trazendo nele Amar Gamal), e que é conhecida por todo o mundo. Em 2008, ela obteve o diploma de honra por ser a melhor bailarina de danças árabes na Argentina.
Fonte: www.odalisca.com 
                                                                                                                                           
                                                                                                                          

    
“Meu conselho é que sempre tenham claramente sua meta. Se desejam fazer por diversão, hobby, profissionalmente... Enfim! E que logo se aperfeiçoem e estudem muito, que se dediquem com verdadeira paixão. Devem ser responsáveis, respeitosas com a cultura, se informar, estudar, não ser alguém que só improvisa. Se se dedicarem a ensinar, que estejam o suficientemente preparadas para fazê-lo! Que amem o que fazem, que sejam bondosas com suas alunas, que possam dar e receber delas. Se só serão bailarinas, que não importe o físico, nem a beleza, que possam transmitir arte aos demais e deixar algo bom nos corações das pessoas.”  (Saida)
Os primeiros vídeos que assisti , com com dança de casal foram com Saida e Yamil Annum (para os que não sabem os dois são casados)

E claro não poderia deixar de compartilhar com vocês este vídeo também,claro ele é de 1998,então de lá para a dança de Saida esta muito mais aprimorada.É bem nitido em seus movimentos,e mesmo as bailarinas com muitos anos de carreira também estudam....

 Para quem quizer conferir de pertinho um pouco mais sobre Saida, ela estará no  Mercado Persa  2012, juntamente com outros nomes da dança:
 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ser mulher.....

"Eu sou feita de carne, osso, curvas, sangue, desejos e vontades, sonhos, amores... de fases e ciclos. Sou o movimento de ser... ser simplesmente eu.
Sou feita de agua, de ar, fogo e terra, sou a noite e também o dia, amo profundamente mas não provoque o meu o outro lado, que ele existe e é tão poderoso quanto meu amor.
Tenho mil nomes, muitas faces e infinitas possibilidades, quando me vejo em cada mulher, em cada fêmea, em cada quadril, a cada ventre que cria e re-cria sua história todo mês, em rubro e rosa.
Movimento da vida, movimento da morte, o ciclo do renascimento. Giros e rodopios, ondulações, movimentos que trazem o equílibrio traduzindo o Amor em nossos corpos... 

Verto-me em prazer. Êxtase...
Bolinhas de sabão, brincar na lama, guerra de mamona, 

ficar apenas largatixando no sol, ser bicho, uivar para a Lua, 
apurar nosso faro, correr pelos campos, pular nos galhos, gargalhar...
Aspirar a plenitude. Sou criança, sou jovem, sou velha, mãe, guerreira, 

filha, cozinheira, neta, dançarina.
Sou a espada e a flor. 

A borboleta das metamorfoses, do ballet das mudanças... 
Sou Completa, inteira...
Danço para criar... crio o meu mundo, curo minhas dores, meus sonhos, meus amores. 

Nesta dança sou aprendiz e sou a mestra...
Sou Mulher,
Sou a Loba,
Sou a Bruxa,
Sou a Fada,
Sou tudo tudo, e também posso ser nada...
Me desfaço no som, e me recrio a cada passo,
Sou Inteira,
Sou Rubra,
Sou Rosa,
Sou a Deusa,
Sou eu mesma, do meu jeito, dos meus feitos, dentro e fora do meu peito.
Sou Sagrada.
Sou Mulher."