terça-feira, 16 de agosto de 2011

Lesões na Dança II

Bom Dia Flores, hoje venho escrever sobre um assunto que tem me deixado muito triste, sabe aquelas coisas que você acha que nunca vão aconteçer com você... Poiis é o problema é exatamente este.Este assunto ainda irá render muitos posts por isso irei devagar tentado relatar tudo o que aconteçendo comigo.Quando se trata de deixar de dançar (mesmo que por pouco tempo) já me deixa pronfundamente triste, acho que já deixei bem claro o  quanto a dança é importante e essencial na minha vida - Não vivo para dançar mas danço pra viver- Enfim a dança na minha é simplesmente tudo, e faço de tudo por ela... E exatamente por isso agora estou sofrendo - eu assumo que treino exaustivamente,ás vezes o corpo não aguenta mais e eu estou ali- Pois domingo de madrugada após uma apresentação o meu pé já não aguentava mais de tanta dor, chorei horrores e a primeira coisa que vem na cabeça de uma bailarina quando machuca (pelo menos é o que vem na minha ) é o MEDO, pois não se sabe o que esta aconteçendo realmente e o medo é disso te prejudicar á ponto de fazer você parar, o mesmo aconteçeu quando sofri o acidente de carro que me deixou com o braço imobilizado por uns dias - affe os piores dias- e o medo de aquilo nunca passar e fazer você ficar parada sem poder dançar sabe se lá quanto tempo, Bailarina não pode machucar definitivamente. Enfim chegou num ponto que a dor so aumentava e quando as 5 da manhã pedi peloamordedeus me levem no médico, e lá vamos nós cheguei no UPA já eram 5:47 da manhã fui ser atentida já eram quase 08:00 pelo Dt Henrique (ortopedista) que me atendeu super bem, fizemos raio-x  aparetemente não havia sido nada na parte óssea ele me examinou e foi constatado: Sesamoiditis

Sesamoiditis: Esta lesão é uma dor atrás do dedão do pé. Ossos sesamóides são únicos e que não estão ligados a outros ossos, eles são ossos do pé “flutuantes”. Sesamoiditis é quando o tendão funcionando direito por meio desses ossos do pé fica inflamado. Esta condição pode progredir gradualmente e vai afetar o dedão do pé. Isso requer uma pausa até que a dor ir embora. Trabalhar com este tipo de dor só irá causar um problema permanente que pode causar a remoção dos ossos sesamóides!



O que são os ossos sesamóides?
Muitos ossos do corpo humano estão conectados entre si nas articulações, mas há alguns ossos que não se conectam a nenhum outro osso, entretanto eles se conectam a tendões ou estão envolvidos totalmente por músculos. Estes são os ossos sesamóides.
A patela, por exemplo, é o maior osso sesamóide do corpo humano. Dois outros ossos sesamóides são muito pequenos, têm a forma de grãos de feijão e são encontrados na planta dos pés logo abaixo do hálux (primeiro dedo ou dedão).
Os sesamóides são como polias e, como tal, promovem uma superfície lisa sobre a qual os tendões deslizam, potencializando a capacidade de transmitir a força gerada nos músculos. Os sesamóides auxiliam também na capacidade de suporte de peso e ajudam a elevar os ossos do primeiro dedo.
Como outros dedos, os sesamóides podem fraturar ou os tendões ao seu redor podem inflamar-se. Isto se chama sesamoidite, complicação freqüente entre corredores e dançarinos.


Quais são os sinais ou sintomas?
Dor progressiva com piora durante a corrida ou ao caminhar descalço.
Localizada abaixo do primeiro dedo (hálux), na planta do pé.
Dificuldade para permanecer na ponta dos pés.
Dor à palpação e manipulação do primeiro dedo. Inchaço possível
Como fazer o diagnóstico?
As radiografias dos pés são úteis para diferenciar as sesamoidites de fraturas. Em muitas pessoas, o sesamóide medial possui duas partes (bipartido). Neste caso, as radiografias são diferentes das fraturas, pois os sesamóides bipartidos têm uma forma arredondada e lisa. Como as radiografias são geralmente normais nas sesamoidites, os exames de cintilografia óssea ou ressonância magnética são mais precisos no diagnóstico.

Como são tratadas as sesamoidites?
Medicamentos antiinflamatórios sob prescrição médica.
Diminuir ou interromper as atividades que estejam causando a dor.
Utilização de compressas de gelo local.
Usar tênis ou calçados com maior absorção de impacto.
Utilização de órteses nos casos de persistência dos sintomas por mais de 4 a 6 semanas.
Elevar o pé.

Depois dessa explicação toda,os remédios foram passados e foi recomendado 15 dias sem dançar, o médico me explicou que tomando a medicação e colocando gelo em tres dias eu já veria melhora mais isso não quer dizer que já poderia sair fazendo estripulias e que o ideal é que haja repouso pois se não houver isso pode gerar uma fratura por strees e ai minha amiga o buraco é mais embaixo. Prometo vou me cuidar !
Fazer atividade física vem com um risco de lesão, e a dança não é exceção. Novos bailarinos devem construir a sua força e flexibilidade de forma lenta e segura. Uma das maneiras mais importantes para evitar lesões é levar algum tempo para aquecer os músculos principais do corpo. Apesar de nossas melhores intenções, porém, as lesões na dança acontecem.
A prática de nós bailarinas exige  horas de treinamento exaustivo que envolve as articulações em posições excessivas, muitas vezes não-fisiológicas, podendo exceder a amplitude de movimento normal resultando em lesões. Geralmente o treinamento é composto por exercícios de aquecimento, alongamento, flexibilidade, quedas, saltos, equilíbrio, amplitudes exageradas de movimento, forças dinâmicas, estáticas e explosivas, giros, pegadas, criatividade, relaxamento, trabalho sobre sapatilha, resistência aeróbica, anaeróbica, entre outros, tudo para buscar o sincronismo perfeito e a técnica apurada que resultam em um desempenho corporal de qualidade.
O objetivo é somente de alertar, prevenir, concientizar para que os dançarinos procurem escutar e perceber os sinais do próprio corpo, procurando aprimorar técnicas que evitem causar traumatismos e lesões corporais e, caso percebam alguns desses sintomas, procurem ajuda imediata de especialistas. A dança é uma arte que deve ser feita com amor, dedicação, mas acima de tudo, com respeito ao instrumento mais precioso: seu próprio corpo.
Postado pela bailarina : Jéssica Assis

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